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Projeto Portugal Rural no Observador online

Projeto Portugal Rural no Observador online

Ruas e rugas das aldeias portuguesas

Nas aldeias de Barroso, existe um Portugal genuíno que Armando Jorge quis fotografar. Um país rural agora eternizado no projeto do fotógrafo de 54 anos.

Nas mesmas ruas onde caminham as histórias das aldeias de Portugal, Armando Jorge Reis deparou-se com os rostos que as protagonizam. Agora, são também as faces que dão vida ao projeto Portugal Rural. “Nestes últimos anos, calcorreei a região e fui colecionando pequenos fragmentos das vivências rurais para encontrar traços das tradições que servem de pilar para o património humano, cultural e paisagístico de Portugal”.

Há muito silêncio e passos parados. “Fui descobrindo a falta de sorrisos das crianças, a solidão de quem fica e não parte, as raízes que envelhecem e os tanques que já não se inundam de água límpida, que já não escorre pela vereda”, descreve Armando Jorge.

Continua a haver a esperança nos movimentos do sino, que embalam principalmente as aldeias de Barroso, porque “aqui ainda pulsa um Portugal genuíno, rico em tradições e costumes que deve ser divulgado” nesta região de Montalegre e Boticas. Armando Jorge Reis tem 54 anos e saiu das paisagens para os retratos, que eterniza pela fotografia rural. Insiste em enlaçá-la com as novas tecnologias, como pode verificar na sua página de Facebook.

Projeto Portugal Rural na Sic Notícias

Projeto Portugal Rural na Sic Notícias

“Portugal Rural” conta a história das tradições do território do Barroso aos olhos de Armando Jorge. Nascido em Fão, em 1961, consegue através da objetiva, confirmar um portefólio de cenários ricos de uma região que o “enfeitiçou” e que já faz parte da sua alma.

Percorrer esta galeria é como fazer uma viagem. Vivem-se as histórias, sentem-se os cheiros e os sabores, vê-se a força e a sabedoria das gentes do Barroso. Parece fazer parar no tempo um Portugal que anda devagar.
É tudo isto que consegue Armando Jorge, o recetor e depois transmissor das vivências que juntou, com calma e alma, neste “Portugal Rural”.
 
“Ao longo destes tempos gerei amizades que me facilitaram a proximidade e a convivência nos lares e entre nesgas de luz e o negrume dos fumos da lareira fui registando quotidianos de sabores, de aromas de guarnecidos fumeiros e dos potes de ferro fervilhantes, associando-me à mesa de subtis manjares do campo.”
 
De criar software para empresas, Armando Jorge despertou para a fotografia digital e fugiu da paisagem para o retrato. A inspiração vem de trabalhos como os de Gerard Fourel, Dussaud e Antero Alda. Diz que é aqui no Barroso que  ainda pulsa um Portugal genuíno, rico em tradições e costumes que deve ser divulgado.
 
 “Os comeres, a franca hospitalidade, os saberes das suas gentes, as crenças e misticismo, o Carnaval e as chegas de bois em Tourém,  o Carnaval de Pitões,  o entrudo na Mizarela, o Sábado Filhoeiro, a matança do porco e a malhada em Paredes do Rio, as feiras do fumeiro em Montalegre e Boticas, as sextas-feiras 13  em Montalegre e outras, são razões muito fortes para muitas visitas  ao território do Barroso.”
 
Se não tem oportunidade de descobrir as aldeias do Barroso com os seus olhos, não deixe de seguir o  Facebook do “Portugal Rural”.
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